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terça-feira, 16 de outubro de 2012

O cheiro das nossas recordações

     
    Esses dias eu me perguntava se em um blog de artesanato, os temas de postagens não deveriam ser sempre sobre artesanato: peças novas, passo a passo, vendas e etc. Mas somos tão cheios de sentimentos, que nossas atitudes são sempre movidas por inspirações, mesmo que a gente nem perceba. Então, concluí que, quando buscamos sites e blogs de artesanato, procuramos inspirações, que podem ser através de uma dica que faltava, de um molde ou de palavras que vieram na hora certa ou mesmo sem hora marcada, caíram bem. 
    Hoje não trago uma peça nova, mas uma reflexão que talvez um ou outro de vocês possa pensar e dizer: é, isso também acontece comigo...os cheiros que nos fazem lembrar de momentos e pessoas, lembrar de algo inesquecível, os cheiros das nossas recordações!!

"Sabe aquele cheirinho de bolo de canela que te lembra os finais de semana com a família reunida ou aquele perfume que te leva de volta à infância? Pois então, a lembrança a qual esse cheiro remete está associada a um tipo de memória mais comum do que valorizada, conhecida como memória olfativa. Como a visual ou auditiva, a memória dos cheiros conecta lembranças aos aromas sentidos em determinadas situações ou lugares. Todos nós temos um aroma gravado em nossa memória. Qual é o seu?"                             (http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8260)
 
    Os cheiros de lembranças são muitos: 
   Voltando uns vinte e cinco anos, lembro da minha salinha do jardim da infância, com cheiro da madeira dos armários, cada um identificado com nossa foto e do cheiro de giz de cera, que nessa fase usávamos quase diariamente. 
    Lembro dos sábados pela manhã, de andar de balanço, enquanto na cozinha minha mãe preparava frango com molho e pra beber suco de limão, se eu fechar os olhos quase posso sentir o cheiro daquele molho. 
    As vezes sinto o cheiro do hotel que me hospedei na Disney a muitos anos atrás, e só de sentir o mesmo cheiro, meu pensamento voa direto para aqueles momentos tão bacanas que vivenciei naquela viagem. Cheiro do hotel, cheiro de uma viagem legal, cheiro de uma lembrança boa!
   Sinto cheirinho de mato aqui onde moro, porque tem uma pequena área de preservação bem do lado e esse cheiro tão refrescante faz minhas lembranças viajarem lá para Livramento, quando eu acordava na casa da minha tia, ia até a porta dos fundos, olhava pro pátio e sentia aquele cheiro tão bom de ar puro. Que bom ter cheiros iguais por ai para remeter nossos pensamentos a recordações felizes.
   Determinadas cervejas tem um cheiro diferente que me fazem lembrar os almoços de sábado na casa do meu tio que já se foi e que fazia churrascos como ninguém. Não tinha nenhum bebum não, é só um cheiro que me lembra aqueles momentos felizes e singelos em família.
    Tem um cheiro que me inspira muito no ateliê: comecei a fazer aulas na Lu Gastal, foi meu primeiro contato com um ateliê de verdade e com o que realmente se faz em um lugar assim. Lembro das minhas aulas e de aprender a usar água perfumada na hora de passar os tecidos. Aquele perfume era forte, nem era meu aroma preferido, mas em todas as aulas, a gente podia usar se quisesse. Até que resolvi comprar um pote do perfume pra usar no meu ateliê, que na época nada mais era que minha mesa do computador. E até hoje, sempre que uso o tal perfume, seja nas encomendas ou peças minhas, é como se baixasse em mim uma inspiração maior, como se a partir daquele momento que borrifei o perfume, aquele trabalho passasse a ser muito mais profissional, mais verdadeiro, mais real, como era naquele ateliê. E ai o dia rende e me sinto a mais empreendedora das artesãs rsrs
    Quando sinto cheiro de bolacha, tipo maizena, me lembro da minha amiga Natália, de brincar no quarto dela, não sei porque, nem lembro se ela comia tanta bolacha assim...rsrs. Está ai um cheiro que não sei bem explicar, mas o fato é que me faz lembrar de quando brincávamos juntas.

   
    São muitos os cheiros de nossas lembranças: cheirinho de um filho quando bebê, cheirinho de casa de vó, cheirinho de uma casa que não moramos mais, de uma roupa que gostávamos muito, do primeiro carro, cheirinho da festa de quinze anos, do dia do primeiro beijo...Cada um, no fundo tem os cheiros de uma memória, e felizmente, uma hora ou outra eles surgem de novo para nos fazer lembrar de coisas boas que vivemos.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O conto da Cidade Alegre


     
    Era uma vez uma moça que morava com seu marido na Cidade Alegre. Sua casinha tinha pequenos azulejos, muito delicados e um piso de madeira brilhoso e aconchegante. Lá na Cidade Alegre, a moça e o marido tinham dias muito felizes, pois a cidade era limpa, cheia de árvores, com pessoas bem educadas e arrumadas, os animais eram comportados e lá, tinha tudo que esta pequena família precisava para se divertir e viver bem.
     Na Cidade Alegre o sol brilhava mais e a moça e o marido tinham mais tempo para passarem juntos. Eles também tinham um mascote muito sapeca, que gostava de passear no pátio e as crianças da vizinhança queriam vê-lo e brincar com ele. O mascote gostava de tomar banho no seu lugar preferido na Cidade Alegre, onde todos eram muito atenciosos e o deixavam lindo e cheiroso. 
     Na cidade Alegre os amigos da moça e do marido tinham atividades parecidas com as deles, e por isso a harmonia estava sempre presente para alegrar a todos. E os dois gostavam muito de receber os amigos e seus pais em sua casa, preparar comidas, arrumar a mesa com a louça mais bonita, perfumar os ambientes, e estampar sempre o sorriso mais amigo e mais verdadeiro para acompanhar o bom papo que sempre acontecia.
    Na cidade Alegre até os dias de chuva eram igualmente felizes, porque água é importante e em uma cidade organizada, ela é tão bem vinda quanto o sol.
     Mas um dia, a moça e o marido tiveram que ir embora da Cidade Alegre. Eles foram para a Cidade Que Não Anda. Mas eles não desanimaram, pelo contrário, quem aprende a viver tão bem como era na primeira Cidade, saberia se adaptar e tornar a nova Cidade tão calorosa quanto a outra.
    Na Cidade Que Não Anda as coisas eram bem diferentes e a cada dia que passava, a moça e o marido foram sentindo algumas dificuldades. A cidade Que Não Anda era feia, sem cor, sem mudanças. As pessoas eram presas ao passado, a vida alheia. Nessa cidade em vez de sol, sempre havia um névoa em tom acinzentado, um peso, um clima tenso, que muitas vezes atingiam a moça e o marido, que não sabiam como lidar com isso, pois a vida era simples e tranquila lá na cidade Alegre.
    Na Cidade Que Não Anda até o mascote sofria, pois não podia passear no pátio e ver crianças brincarem e a grama que é tão macia e incrível para brincar, não podia ser tocada, era apenas para olhar. Seus banhos agora eram de qualquer jeito e o mascote sempre voltava parar casa com alguma alergia.
    Na Cidade Que Não Anda, o brilho de receber as pessoas ficou mais fraco, a louça já nem é a mais bonita, o sorriso já não é tão feliz e o papo não é o mais amigo.
    Na Cidade Que Não Anda, a moça e o marido já não ficam tanto tempo juntos, pois essa cidade é longe e o trabalho escasso. 
   Mas a moça e o marido precisam continuar vivendo na Cidade Que Não Anda, pelo menos por mais um tempo. E para poderem manter a serenidade e um pouco da alegria que tinham lá na Cidade Alegre, só lhes restam uma alternativa: assoprar o mais forte que conseguirem, para que essa névoa escura e pesada, se afaste deles. Quem sabe assim, os bons ventos lá da Cidade Alegre, possam até chegar na Cidade que Não Anda e iluminar a vida de todos os que produzem esse clima sem cor.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

15º Festival de Patch em Gramado, eu fui!!

     No último sábado dia 29 de setembro, foi aniversário do Alex, meu marido querido, então aproveitamos para ir até o Festival  e também para passear em Gramado, cidade que gostamos muito.
     Quando chegamos, conseguimos uma super vaga para o carro na Avenida principal, no estilo vaga para grávida, bem localizada, perfeita. Então, com o carro estacionado, fomos bater perna, e ai vejo quem, quem? Rita Paiva, ali, sentada pertinho de seu Fusca colorido pelo patchwork. Ai claro, incorporou meu lado cara de pau e fui falar com ela, me apresentei e pedi para tirar uma foto. Ela foi uma simpatia de pessoa e gentilmente posou para foto junto comigo na frente daquele carro charmosérrimo. Falando nisso, bem que a Rita podia fazer umas miniaturas do Patch Fusca, eu ia adorar ter um na minha prateleira!!!

Comecei o passeio com pé direito, encontrei duas simpatias, Rita Paiva e o Fusca :)

     Depois do almoço no nosso restaurante de costume, ali mesmo na rua coberta, fomos assistir a Parada, com direito a Banda da cidade e muita gente animada. Andamos por umas 5 quadras acompanhando e registrando a empolgação de todos, que contagiava os turistas nas calçadas e engrossava a caminhada e a platéia.




Banda muito alinhada, contagiante!!
Patch Fusca fazendo sucesso.

      Chegando no local do Festival, fomos calmamente olhar stand por stand, ver as novidades de cada loja, os novos tecidos, modelos de máquinas de costura e bordado e acessórios auxiliares. Neste ano, procurei me focar na busca de métodos e materiais para aperfeiçoamento do meu trabalho. Claro que trazer novidades em tecidos também é sempre importante, mas percebi que muitas lojas estavam apostando na venda de projetos como carro chefe, o que leva o foco para as artesãs iniciantes como eu. Mas como disse, sinto que este momento para mim é em busca de melhoria e aprendizado de novas técnicas. Então, comprei meu esperadíssimo pé de quilt livre. Agora, tenho que praticar muito, acho que valerá a pena.


     Comprei e indico o Anuário da Make, que está recheado de imagens lindas e inspiradoras. A capa está especial, com as xícaras lindíssimas da Lu Gastal.




E falando na Lú, eis minha parada obrigatória para rever pessoas que admiro muito...


Lu Gastal e o "Quisoque de sucos", lindo e colorido. Ah e eu, com minha nova silhueta desajeitada.



Teacher Marta
     E seguindo minha caminhada pelos corredores, tirei mais algumas fotinhos. Como de costume, muitos stands não deixam tirar fotos, alguns tem até placas e desses passei reto. Eu sou bem chata, acho muito antipático essa atitude de determinadas marcas com seus clientes, então, passo direto mesmo.
     E entre as fofurices do Festival, encontrei essa Tilda gigante e linda da Chris Campos, que permitiu tirar fotos sem problema algum.






Linda a vitrine da Arte Costura.



Almofadas de patch dentro do Fusca, não é um arraso.

Até o aniversariante Alex se rendeu ao Patch Fusca.


Me aguarde Eva Eva, quem sabe no próximo ano, eu sento nessas cadeirinhas e faço uma super compra hein...rsrs

Esse foi meu dia no Festival, gostaram? Visitarei também a Feira agora em Outubro no Barra Shopping, quem vai?
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